quinta-feira, 28 de julho de 2011

um caminho outro caminho gera

Post dedicado ao meu amigo Chico Lima, ao meu irmão Arthur, à querida Patrícia Olandini e a todos os meus amigos e amigas que sempre me ajudam a olhar adiante.



 


A estrada não trilhada
Robert Frost

Num bosque, em pleno outono, a estrada bifurcou-se,
mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo eu ali me detive,
e um deles observei até um longe declive
no qual, dobrando, desaparecia...

Porém tomei o outro, igualmente viável,
e tendo mesmo um atrativo especial,
pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
os tivesse marcado por igual.

E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos
de folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
duvidei se algum dia eu voltaria.

Isto eu hei de contar mais tarde, num suspiro,
nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
a estrada divergiu naquele bosque – e eu
segui pela que mais intransitável me pareceu,
e foi o que fez toda a diferença.

Poema de Robert Frost, traduzido por Renato Suttana, disponível em Luso Poemas

Um comentário:

Patrícia Olandini disse...

Que lindo, Tabuh!
Realmente só saberemos dizer como foi a caminhada, depois da iniciativa de iniciá-la.
Fico muito feliz que algo que reproduzi te fez olhar adiante, e você também pode ter certeza que este poema que você publicou aqui, também me ajudou nos passos que estou iniciando em minha caminhada!

Como você me disse no twitter: "Que nosso luto vire luta"

Super beijo =)